O desenvolvimento de uma empresa, em seus vários aspectos, se dá antes de tudo com uma transformação total de mentalidade. E o que seria isso? Quando a crença limitante acerca de novas tecnologias e processos caem, finalmente é possível entender que inserir uma cultura digital focada em inovação e tecnologia são premissas básicas para uma expansão empresarial, e assim abrir novos caminhos rumo a bons resultados.

Nesse episódio da série Conversando com o C-Level, Amir Faria, o CMO da GoBacklog, conta um pouco sobre as dificuldades e necessidades dessa expansão empresarial no Brasil.

“Quando você não planeja a longo prazo, você espera as coisas acontecerem e quando elas acontecem, torna-se tudo muito caro para tomar uma atitude. Por exemplo, o cenário de hoje está se desenhando, a gente sabe as tendência tecnológicas daqui a 5 anos quais são, e a gente tem uma ideia de quais vão ser, têm estudos de grandes consultorias falam sobre isso. Então, por que minha empresa vai esperar, daqui a 5 anos, para começar a trabalhar para aplicar essas tecnologias dentro de casa?”

Quando expandem sua operação, muitas empresas têm dificuldades em manter os clientes satisfeitos? Por quê?

O que acontece geralmente com as empresas quando elas crescem, é que o foco delas acabam se tornando as próprias empresas. Os gestores costumam olhar somente para dentro da empresa e esquecem o real propósito pelo qual a empresa nasceu, que é justamente responder a uma dor do mercado.

É preciso que exista um equilíbrio entre olhar para a empresa e olhar para o cliente. Com o foco sendo sempre o cliente, claro, mas procurar desenvolver e evoluir o processo interno, é também muito importante.

Por que uma empresa deveria se preocupar em investir na capacitação de seus colaboradores?

O investimento deveria ser mais por uma questão de expansão de consciência e de conhecimento, porque quando você apresenta para as pessoas conhecimentos que elas não tem, um novo mundo é aberto para elas.

Temos um exemplo de uma empresa que é cliente nossa, onde eles estão ensinando Libras para a equipe interna deles, e isso não tem nada a ver com o que eles fazem.

Mas o objetivo é realmente aproximar deles as pessoas que são surdas e falam Libras, inserindo elas em uma nova realidade, para que assim elas consigam enxergar um novo mundo dentro das áreas onde elas atuam.

Por isso é muito importante estar sempre transitando entre o que é novo, experimentando cada vez mais coisas novas.

Por que alguns gestores enxergam o investimento em tecnologia como algo caro?

Eu acredito que isso se dê ao fato deles não se planejarem a longo prazo. Quando você não planeja a longo prazo, você espera as coisas acontecerem e quando elas acontecem, torna-se tudo muito caro para tomar uma atitude.

Por exemplo, o cenário de hoje está se desenhando, a gente já sabe quais são as tendência tecnológicas para daqui a 5 anos, nós temos uma ideia de quais vão ser, há estudos e grandes consultorias falam sobre isso.

Então, por que minha empresa vai esperar para que daqui a 5 anos eu comece a trabalhar para aplicar essas tecnologias dentro de casa?

Eu posso começar a planejar hoje, treinar minha equipe hoje, criar uma cultura voltada ao conhecimento e ao estudo, tudo isso hoje, pensando a longo prazo, para daqui a 5 anos.

Por isso, planejar e executar as coisas com calma, sabedoria e conhecimento é muito importante para evitar esses sustos e acabar tornando os processos caros.

Por que muitas empresas tradicionais são engolidas por startups e novos modelos de negócio? Como resolver isso?

A primeira questão é que: é óbvio que o Brasil tem um cenário muito difícil para as empresas. Então, competir em igualdade com empresas multinacionais, que entram com muita força e com bastante dinheiro aqui é muito difícil.

Hoje, o pequeno empresário lida com uma concorrência internacional. Uma pessoa que está aqui no interior de Minas, ou até mesmo no interior de qualquer estado do Brasil, pode estar concorrendo com alguém da China, por exemplo, porque eles têm penetração para estar trazendo o produto deles para o nosso país.

Mas, quando se fala em tecnologia, que geralmente é a base das startups, existe uma mão de obra escassa. O Brasil já não forma profissionais suficientes para atender a demanda do país. Então, possivelmente as empresas não vão conseguir construir equipes próprias de tecnologia dentro delas.

Daí surge a importância de que elas consigam achar parceiros para pode resolver suas dores de tecnologia, porque o mercado não é favorável, as empresas estão realmente tendo muitas dificuldades em concorrer com essas startups e elas precisam evoluir tecnologicamente. As parcerias seriam então uma solução para estar resolvendo essa dor.

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Daniel Antunes

Fundador e CEO da GoBacklog, uma empresa especializada no desenvolvimento de soluções digitais que vem mudando a forma de se criar negócios de sucesso com base em tecnologia, inovação e inteligência. Acumula mais de 13 anos de experiência no mercado digital, projetos, novos negócios e vendas B2B.