A busca pela melhoria dos seus serviços e pela extração de uma melhor performance das empresas está se tornando uma das grandes preocupações dos empreendedores no século XXI. A Transformação Digital aparece como a melhor alternativa para se obter esses resultados e, por esse motivo, esse termo tem se tornando comum dentro do ambiente empresarial.

Porém, muitos mitos foram criados em volta desse assunto, e um deles é a necessidade da Transformação Digital ser disruptiva. Em mais um episódio da série Conversando com o C-Level, o nosso CMO, Amir Faria, mostra como mudanças radicais nem sempre são a melhor opção para uma empresa.

Fazer uma mudança radical não é a melhor opção, pois quando falamos de Transformação Digital, também falamos sobre a transformação de pessoas. Então, a cultura da empresa e os seus processos, precisam ser pensados levando em consideração a tecnologia. Isso requer tempo, pois a mudança precisa ser feita de forma madura, já que uma mudança rápida e disruptiva pode não ser benéfica para o negócio.

O que realmente quer dizer Transformação Digital?

O termo Transformação Digital é recente, tendo surgido há, mais ou menos, cinco anos, porém, as empresas já estão acostumadas a se transformarem, ao passo que novas tecnologias vão surgindo. Podemos dizer, então, que Transformação Digital significa agregar novas tecnologias, que surgem no mercado, a sua empresa.

Porém, o cenário mudou, atualmente novas tecnologias surgem muito rapidamente, o que gera dificuldades e dúvidas na hora das empresas buscarem implementá-las. Por este motivo que a Transformação Digital tomou tamanha proporção no ambiente empresarial atual.

Mas as empresas sempre buscaram agregar informações e tecnologias em suas operações para se tornarem e se manterem competitivas no mercado.

A ideia de que a Transformação Digital precisa romper de maneira drástica com antigos valores é muito disseminada no meio do empreendedorismo. Mas é correto dizer que uma transformação digital precisa ser disruptiva para ser realmente boa?

De forma alguma. Nós temos visto muitas empresas falando sobre suas transformações digitais e, recentemente, a Harvard Business Review escreveu uma matéria sobre isso, onde ela detalhou que o processo de Transformação Digital pode ser iniciado devagar, aplicando conceitos básicos, trazendo tecnologias e fazendo a aceleração desses processos de forma gradativa e contínua.

Fazer uma mudança radical não é a melhor opção, pois quando falamos de Transformação Digital, também falamos sobre a transformação de pessoas. Então, a cultura da empresa e os seus processos, precisam ser pensados levando em consideração a tecnologia. Isso requer tempo, pois a mudança precisa ser feita de forma madura, já que uma mudança rápida e disruptiva pode não ser benéfica para o negócio.

Se a Transformação Digital não precisa ser disruptiva, como perceber dentro da minha empresa, quais valores devem ser mantidos, usando a tecnologia somente como uma aliada no crescimento do negócio?

Primeiramente, é importante entender quais são os pontos que precisam de melhoria dentro da empresa, para que a tecnologia seja aplicada de maneira inteligente e eficiente. Investir em uma Transformação Digital gera custos, por este motivo, é importante analisar quais são as necessidades do negócio e o que os clientes esperam dele. Inserindo a tecnologia, respeitando essas características, você consegue melhorar a qualidade e a performance da empresa.

Esse seria o primeiro passo para se iniciar uma Transformação Digital de forma inteligente, mantendo, naturalmente, características do negócio que são importantes. Em empresas tradicionais, por exemplo, é interessante que algumas das suas particularidades não passem por uma mudança muito disruptiva, pois, em uma Transformação Digital, não é necessário se transformar totalmente. Isso não faz sentido e é afirmado por muitos profissionais.

O que é realmente necessário é entender onde o seu negócio se posiciona no mercado, o que vale a pena mudar e o que não vale. Nem todas as empresas fazem parte da nova economia, e nós temos que compreender que o tradicional tem seu espaço, basta saber o que precisa mudar, para que a empresa consiga melhorar a sua performance.

É comum ouvir pessoas dizendo que lojas físicas irão acabar, por causa da Transformação Digital que vem acontecendo em diversas empresas atualmente. Como o mercado tem se comportado nesse caso e quais são as tendências para o varejo físico no futuro?

Nós temos visto grandes transformações do varejo no mundo inteiro, e a China é um grande exemplo disso, unindo o offline com o online. A ideia de que teríamos que eliminar o offline não faz mais sentido e quem afirma isso acredita que o futuro será inteiramente online, sendo que, na realidade, as empresas estão unindo a tecnologia com o que elas possuem de estrutura.

O problema que aparece na ideia da extinção do offline, é que criar relações com outras pessoas é algo intrínseco à natureza humana. Não podemos aplicar a tecnologia nos esquecendo da essência básica do ser humano que é a comunicação e interação. Somos seres que gostam de conviver em grupo e que querem interagir ente si.

Por este motivo que os chatbots vêm evoluindo para simular o comportamento humano, como a simulação de digitação, por exemplo, fazendo com que a pessoa que esteja utilizando o chat, tenha a sensação de estar conversando com outra pessoa e não com um robô.

É muito importante que uma pessoa que busca aplicar tecnologia em uma empresa ou fazer uma projeção de cenário, compreenda o comportamento humano na sua essência.

Outra questão pertinente é sobre a mão de obra que ficará na linha de frente para atender as pessoas que precisam ser preparadas para receber essa Transformação Digital. Algo que sempre falamos nos artigos do Blog da GoBacklog, é sobre como será o treinamento dos funcionários que irão trabalhar diretamente com essas tecnologias.

Não adianta implementar tecnologia em uma empresa, sem que as pessoas estejam engajadas, compreendendo o propósito dessa mudança e sendo instruídas para usá-la. No final, são seres humanos conversando com outros seres humanos, melhorando seus relacionamentos e tendo satisfação na interação com as empresas.

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Daniel Antunes

Fundador e CEO da GoBacklog, uma empresa especializada no desenvolvimento de soluções digitais que vem mudando a forma de se criar negócios de sucesso com base em tecnologia, inovação e inteligência. Acumula mais de 13 anos de experiência no mercado digital, projetos, novos negócios e vendas B2B.